O Ponto Cego da Gestão Empresarial: A Consultoria Jurídica Generalista e Tradicional não Serve para a Aracruz de Hoje

Com ParklogBR/ES, ZPE, startups e portos, o advogado que não entende de negócios se tornou um passivo. Sua empresa pode pagar esse preço?

As apostas em Aracruz foram elevadas. A cidade, já consolidada como um polo industrial por gigantes como Suzano, Estaleiro Seatrium (antiga Jurong) e Imetame, vê agora seu ecossistema ser enriquecido pela chegada de novos players de infraestrutura, como a Vports, e por um novo modelo empresarial, a startup de biotecnologia BiomassTrust.

Nesse cenário já dinâmico, os R$ 12,3 bilhões do ParkLog ES e a criação da primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) privada do Brasil não são um ponto de partida, mas sim o catalisador que eleva oficialmente Aracruz à “liga principal" da economia nacional. Operar neste novo ambiente, com regras mais complexas e concorrentes de nível mundial, exige um preparo que a maioria das empresas locais ainda não possui. E a falta desse preparo tem um custo alto.

A mentalidade de "resolver quando acontecer" se tornou a estratégia mais arriscada do mercado. Em um cenário de alta performance, o improviso leva a perdas financeiras e de oportunidades. E a ferramenta mais obsoleta que muitas empresas ainda utilizam é a sua concepção ultrapassada sobre o papel do jurídico.

Qual é o maior ponto cego na gestão das empresas em Aracruz hoje? A resposta pode surpreender: é a contínua dependência de um modelo de consultoria jurídica generalista e tradicional, incapaz de acompanhar a velocidade e a complexidade do novo cenário da cidade.

A régua subiu: Por que o conhecimento básico não é mais suficiente

Num passado recente, um bom advogado empresarial era aquele que dominava a técnica jurídica. Saber redigir um contrato social, analisar cláusulas e conduzir uma auditoria eram grandes diferenciais. Hoje, isso se tornou o básico, o dever de ofício.

A complexidade do mercado atual, com suas novas estruturas de negócio e players globais, subiu a régua.

O que o mercado de Aracruz exige agora é um profissional que vá além do "juridiquês". É preciso ter um profundo conhecimento de negócios: entender de estratégia, de mercado, de governança corporativa e das tendências que impactam o setor de cada cliente. Um advogado que não compreende a operação do seu cliente é incapaz de antecipar riscos ou identificar oportunidades. Ele apenas reage.

Isso nos leva a uma questão fundamental que todo líder empresarial deveria considerar: a sua parceria jurídica possui as competências de negócio necessárias para agregar valor estratégico, ou limita-se à expertise técnica do Direito? Na Aracruz de hoje, a diferença entre as duas abordagens é a diferença entre prosperar e apenas sobreviver.

O Fim do "Jurídico Bombeiro"

O modelo tradicional, onde o advogado é acionado apenas para conter danos – contestando uma ação, renegociando um contrato rompido –, é uma abordagem reativa que se tornou insustentável. O custo de operar assim é, invariavelmente, o prejuízo.

É um erro pensar que o ambiente de negócios se tornou complexo apenas agora. Hoje, 13 de outubro de 2025, Aracruz já sedia uma competição de altíssimo nível, com a presença de multinacionais como a Suzano, players globais como o Estaleiro Seatrium, e gigantes locais que se internacionalizaram, a exemplo da Imetame, que hoje conta com seu próprio porto. A diferença é que, agora, novos competidores, ainda mais sofisticados, entram no mercado. São empresas com um modelo de negócio avançado, pautado por inovação, tecnologia e uma agilidade que exige profissionalismo de todo o seu ecossistema.

É essa combinação dos players já estabelecidos com os novos entrantes globais que torna a modernização jurídica uma condição para competir, e não apenas uma opção.

A Ascensão do "Jurídico Arquiteto": Onde o Direito Gera Valor

Para prosperar nesta "liga principal", é preciso mais do que um bom produto; é preciso uma estratégia de negócios impecável e segura. No mundo corporativo, essa estratégia é desenhada e protegida pelo "jurídico arquiteto".

E aqui reside um risco sutil: a falsa sensação de segurança. Muitas empresas acreditam estar bem assessoradas, mas a especialização que o novo momento exige vai além do conhecimento técnico tradicional. Não se trata mais de ter um especialista em uma área, mas de contar com uma visão jurídica conectada às discussões mais avançadas dos grandes centros. É preciso saber o que está sendo debatido no mundo corporativo de Norte a Sul hoje, para proteger um negócio em Aracruz amanhã.

A verdadeira advocacia de negócios não finge saber; ela estuda continuamente para antecipar cenários.

Na prática, qual é o plano de ação desse jurídico moderno?

  • Dominar as Regras do Jogo: O jurídico estratégico estuda a fundo e estrutura a operação para que sua empresa aproveite 100% das vantagens que o seu negócio pode proporcionar.

  • Proteger a Inovação: Tecnologia patenteada. O jurídico arquiteto cria uma blindagem contratual e de propriedade intelectual, garantindo que o seu maior diferencial não seja vulnerável.

  • Habilitar Negócios Globais: Se a sua empresa é exportadora, ou pretende explorar esse mercado, é preciso atender a padrões internacionais. O jurídico moderno prepara a empresa para estar em conformidade com as normas estrangeiras, e com padrões de exigência globais (ESG, compliance), garantindo que seu produto tenha acesso a esses mercados.

  • Estruturar para o Crescimento: Uma empresa em expansão atrai capital. O jurídico arquiteto organiza a "casa" (a estrutura societária, tributária e contratual) para que, quando um grande investidor quiser entrar, o negócio seja fechado de forma rápida e segura, sem risco de perder a oportunidade.

Sua Empresa vai Competir ou Ficar para Trás?

Os investimentos bilionários em Aracruz e em todo o Espírito Santo são apenas o começo. Neste novo cenário, não há espaço para amadorismo: ou sua empresa se estrutura para competir em alto nível, ou assistirá passivamente o sucesso dos concorrentes mais preparados.

O futuro não pertence às empresas que têm os melhores "bombeiros" para gerenciar crises, mas àquelas que contam com os melhores "arquitetos" para construir o crescimento. É essa estrutura que irá definir quem serão os verdadeiros líderes nesta nova e promissora era em Aracruz.

Esta é a filosofia que aplicamos no Jeesala Coutinho Advogados. Não acreditamos no direito como uma barreira, mas como uma ponte para o futuro. Nossa visão é a de um jurídico participativo, que se senta à mesa de decisão como um verdadeiro parceiro estratégico.

Oferecemos uma visão 360 graus, garantindo que cada passo legal seja também um passo inteligente para o seu crescimento. Nosso trabalho é gerar valor, proteger sua inovação e viabilizar oportunidades.

Deixe o modelo tradicional para trás. 

Descubra como a parceria com Jeesala Coutinho Advogados pode impulsionar seus resultados.

Marcus Paixão

Advogado, Especialista em Direito Empresarial e em Gestão e Desenvolvimento de Negócios